A capacidade do gestor de hedge fund de empregar uma estratégia de investimento que gere retornos que excedam o desempenho geral do mercado. A geração de alfa depende da capacidade dos especialistas em distressed debt de identificar oportunidades de negociação e prever o resultado de uma reestruturação de dívida, selecionando os instrumentos corretos . Para isso, os gestores precisam de um certo grau de descolamento do mercado. O ambiente de crédito, as condições de financiamento, as taxas de inadimplência e a dinâmica do ciclo de distressed debt são fatores importantes para a geração de alfa.

Exposição a movimentos amplos do mercado. Embora os gestores de distressed debt se concentrem em riscos idiossincráticos, eles ainda estão expostos ao risco de crédito ou de taxa de juros, bem como aos mercados de títulos de alto rendimento. O beta do mercado é uma fonte de retorno relevante. Spreads de crédito, rendimentos e o apetite geral ao risco podem afetar o desempenho.

Outros fluxos de retorno não vinculados à habilidade do gestor (alfa) ou ao desempenho amplo do mercado (beta do mercado). Também chamados de prêmios de risco, os betas alternativos são anomalias de mercado recorrentes que os gestores de hedge funds exploram . Os betas alternativos típicos relacionados ao investimento em distressed debt incluem prêmios de iliquidez e complexidade.

Fundos de hedge: Dívidas em dificuldades

Descubra como os fundos de distressed debt oferecem oportunidades de retorno através de estratégias de reestruturação. Entenda os riscos, a falta de liquidez e os fatores que afetam esses investimentos especializados.

Principais destaques do relatório
Fontes de retorno e riscos
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Distressed Debt: Visão geral

Principais considerações

A distressed debt é uma estratégia dentro do estilo de hedge fund orientada por eventos, que tem como alvo empresas em dificuldades financeiras.
Os gestores preferem empresas cujo valor pode ser recuperado por meio de reestruturação e investem principalmente em dívidas e ações negociadas em bolsa. As empresas-alvo incluem aquelas que estão passando ou provavelmente passarão por uma reestruturação de dívida (por exemplo, falência).
Os instrumentos distressed (títulos de empresas com fluxo de caixa insuficiente para pagar suas dívidas) normalmente são negociados com um deságio significativo e são difíceis de avaliar. De modo geral, esses instrumentos são ilíquidos, apresentam altos custos de transação, amplos spreads de compra e venda e assimetria de informações (uma parte tem mais informações relevantes do que a outra).
As negociações típicas incluem a busca de oportunidades em toda a estrutura de capital de uma empresa ou o aproveitamento de oportunidades de arbitragem entre vários títulos da mesma empresa. Outras estratégias, como o financiamento de resgate, envolvem empréstimos a empresas que enfrentam problemas de fluxo de caixa.
O desempenho da distressed debt depende das condições de financiamento, das taxas de inadimplência e, de modo geral, da dinâmica do ciclo econômico relacionado à distressed debt. Os spreads de crédito, os movimentos de rendimento e o apetite geral ao risco do mercado também desempenham papéis importantes.
Historicamente, os fundos de distressed debt têm retornos moderadamente mais baixos do que ações, com menos volatilidade (devido à sua iliquidez).
Do ponto de vista da carteira, eles podem melhorar o perfil de risco e retorno de uma carteira diversificada de várias classes de ativos, devido à sua correlação imperfeita com ativos tradicionais.
• Contudo, os fundos de distressed debt estão entre as estratégias de hedge funds menos líquidas. Em períodos de recessão, podem sofrer grandes perdas. É importante ressaltar que a seleção do gestor continua sendo crucial, dada a complexidade dessa estratégia.

O que os fundos de distressed debt fazem?

Os administradores de fundos investem em títulos de empresas afetadas ou com probabilidade de serem afetadas por um evento operacional ou financeiro importante (possivelmente levando à falência), cujo valor pode ser significativamente aumentado por meio de reestruturação.
As empresas distressed têm fluxo de caixa insuficiente para pagar suas dívidas. O endividamento dessas empresas pode resultar de alavancagem excessiva, perda de lucratividade devido a mudanças no ambiente de negócios, econômico ou setorial, dificuldades regulatórias, ações judiciais ou acesso limitado a financiamento.
De modo geral, os títulos distressed são negociados com um grande deságio e sua valorização pode ser difícil. Em geral, esses títulos são ilíquidos, têm alto custo de transação, amplos spreads de compra e venda e apresentam acentuada assimetria de informações.
Os gestores dependem de uma ampla diligência prévia (due diligence), análise de crédito fundamental e conhecimento jurídico sobre o processo de falência para identificar preços incorretos e gerar valor.
As abordagens de investimento podem ser ativas ou passivas. Os gestores ativos buscam um papel participativo no processo de reestruturação. Depois de adquirir grandes quantidades de instrumentos de dívida de uma empresa distressed, eles geralmente visam controlar o conselho de administração e, de forma semelhante aos fundos ativistas, podem entrar em litígio, se necessário.
Os gestores passivos limitam seu mandato à negociação de títulos negociados em bolsa, tanto comprados quanto vendidos, utilizando diferentes estratégias e instrumentos (principalmente dívida, mas também ações). Normalmente, eles negociam em toda a estrutura de capital, aproveitando também oportunidades de arbitragem entre vários títulos da mesma empresa.
Os fundos de distressed debt podem optar por investir em diferentes estágios do processo de reestruturação, dependendo do seu perfil de tolerância ao risco (quanto mais cedo no processo, mais arriscado o investimento).
Como os empréstimos contra ativos distressed raramente são aceitos, os fundos de distressed debt normalmente não utilizam alavancagem.
Em geral, as carteiras são bem diversificadas entre setores e ativos. Os riscos de mercado ou de eventos podem ser protegidos por hedge, mas isso é incomum, pois sua execução pode ser difícil ou cara.

Fontes de retorno das estratégias

Os fundos distressed têm três fluxos de retornos em potencial: alfa do gestor, beta do mercado e beta alternativo.

Alfa

A capacidade do gestor de hedge fund de empregar uma estratégia de investimento que gere retornos que excedam o desempenho geral do mercado.
A geração de alfa depende da capacidade dos especialistas em distressed debt de identificar oportunidades de negociação e prever o resultado de uma reestruturação de dívida, selecionando os instrumentos corretos. Para isso, os gestores precisam de um certo grau de descolamento do mercado. O ambiente de crédito, as condições de financiamento, as taxas de inadimplência e a dinâmica do ciclo de distressed debt são fatores importantes para a geração de alfa.

Beta de mercado

Beta alternativo

Quais são os riscos?

A falta de liquidez é um fator de retorno para fundos de distressed debt, mas também constitui uma importante fonte de risco. Os gestores podem enfrentar restrições de negociação (por motivos legais ou de mercado) e podem não conseguir vender um ativo pelo preço desejado.
A reestruturação de dívidas de empresas distressed é um processo complexo. Muitos eventos fora do controle dos gestores, como o aumento dos custos legais ou litígios com credores subordinados, podem resultar em perdas.
O risco de reputação pode surgir ao investir em hedge funds de distressed debt. Alguns gestores podem se envolver em estratégias consideradas controversas (por exemplo, investimento abutre), o que pode resultar em ações judiciais ou atrair críticas do público e da mídia.
Outros riscos mais gerais dos hedge funds também se aplicam, incluindo a falta de transparência de alguns gestores, o que pode mascarar fraudes, e riscos operacionais, como o gerenciamento inadequado de riscos.
Esses riscos não podem ser totalmente eliminados, mas podem ser reduzidos significativamente por meio de due diligence e processos rigorosos de investimento e monitoramento.

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